domingo, 30 de outubro de 2011


Não acredito nesse amor que as pessoas inventaram. Que não erra, que faz tudo pelo outro e que acaba não se enxergando, mas sim, no amor de verdade. Amor com seus erros, acertos e imperfeições e que mesmo assim não deixa de ser amor. Nesse eu acredito, ainda que ele não exista.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O grito


Eu rasgo mentalmente todas as recordações que não vivi. Eu sufoco tudo que não foi dito. Eu esmago qualquer pensamento do que poderia ser, de uma vida não vivida feita de sonhos quebrados e pisoteados. Perdida, não consigo enxergar... Onde estou? Quem está aí? Eu até consigo ouvir, mas não consigo entender. É essa desorganização profunda que me atormenta. E eu fujo, e eu corro pra não pensar. Pensar dói, então melhor não pensar. Só assim eu consigo alguns segundos de paz no silêncio dos gritos abafados.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Até a próxima vez...


O que sinto eu não sei dizer... Já faz tanto tempo, mas as lembranças gritam dentro de mim, um olhar, um sorriso, um abraço, ou até mesmo uma reclamação... Lembranças, são só lembranças. Me recordo e parece que foi ontem que você me pegou no colo. Lembro de cada feição do seu rosto sorrindo pra mim. Imagino como seria a vida se ainda estivesses aqui. Penso em como eu seria se a vida tivesse tomado outro rumo. Quem eu seria? Quem eu sou? Será que eu seria diferente? São tantas perguntas, para um vazio de respostas. Tenho tanto de você dentro de mim e tão pouco ao mesmo tempo. Você se foi cedo demais. Mas tudo que morre fica vivo na lembrança, e na minha lembrança você ecoa... Sinto saudades de um tempo que eu não vivi, de uma vida ceifada pelo acaso ou pelo destino, mas arrancada cedo demais. Em mim só restou o sentimento avassalador de que o verão acabou cedo demais. Mas eu continuo aqui esperando o dia que a gente vai se reencontrar. Até a próxima vez.

sexta-feira, 1 de julho de 2011



E mais um dia chega ao fim. Estou cansada, não cansada das ultimas vinte quatro horas. Cansada de uma vida, cansada de uma história, cansada de uma espera. Cansada de acordar todos os dias com os mesmo pensamentos, esperando as mesmas coisas que nunca chegam. E eu espero, mas nunca chega. A espera cansa tanto quanto a procura se o que se quer não se sabe onde encontrar ou se quando encontra foge por entre os dedos. Eu poderia insistir, poderia continuar lutando pra alcançar, mas como lutar por o que não quer vir? Preciso mudar de objetivos, ter novos horizontes, outros sonhos, outros desejos... Mas mudar meus desejos mais profundos seria negar a mim mesma. E mesmo assim eu nego, eu sempre neguei, foi negando que cheguei até aqui. Não há mais o que fazer eu vou continuar assim, cansada e esperando, mas dessa vez esperando apenas que essa tempestade vá passar e que só me reste o copo d'água.

domingo, 27 de março de 2011


"Tenho uma coisa apertada aqui no no meu peito. Um sufoco, uma sede, um peso… Exatamente assim. Pesada, sufocada. Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros… Quero parar de me doar e começar a receber. Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre virgulas, aspas, reticências… Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou… E continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos… E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar."

(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

SEGUE A VIDA

O tempo passa tão depressa que as vezes não nos damos conta do que estamos deixando pra trás... É engraçado como a vida segue seu curso, as mudanças vão e vem sem pedir licença. E quando vemos, já foi. Não podemos voltar atrás. E assim segue a vida, quer nós gostemos ou não. É difícil deixar pra trás coisas, pessoas, que nos fizeram tanto bem. Mais difícil ainda é vê-las indo embora sem ter sequer o direito de pedí-las pra ficar. É tempo de mudanças... A vida é realmente inconstante e só temos a certeza de que a única pessoa que nos acompanhará até o último dia de nossas vidas somos nós mesmos e a saudade que carregamos no peito das pessoas que passaram em nossas vidas.